Milão, Itália, 14 abr (Lusa) – As exportações de mobiliário português registaram em 2010 um aumento de 19 por cento, reforçando a internacionalização classificada hoje pelo ministro da Economia como “dos factos mais positivos dos últimos anos na indústria portuguesa”.
Vieira da Silva visitou hoje a representação portuguesa de empresas de móveis no maior salão mundial do setor, o iSaloni, como mais um forma de “incentivo” ao “percurso inovador que estas empresas estão a fazer.
De acordo com dados divulgados pela Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), as exportações no setor imobiliário subiram “19 por cento de 2009 para 2010”, com um aumento de vendas no estrangeiro de “713 para 850 milhões de euros”, respetivamente.
A AIMMP é a responsável pela presença de 27 empresas, embora estejam também presentes na feira que decorre até domingo, em Itália, outras empresas a título individual que o ministro da Economia visitou hoje, junto com o primeiro Ministro.
Vieira da Silva lembrou o apoio público à presença destas empresas e sublinhou que também esta participação no principal evento do móvel e do design “é uma rampa de lançamento para a internacionalização do setor”, que considerou “dos factos mais positivos que têm acontecido nos últimos anos à industria portuguesa”.
“É mais um setor que conseguiu modernizar-se e ser competitivo à escala internacional”, afirmou, considerado que “tem sido feito à custa de um grande desenvolvimento e da sofisticação da área do mobiliário”.
O ministro realçou que “são empresas que trabalham em setores de concorrências elevada, com muita qualidade, com incorporação de design, com uma cadeia muito complexo”.
“Já não é só pegar na madeira e fazer só móveis: é pegar em diversos produtos e chegar ao fim da cadeia com um produto de elevado valor”, acrescentou.
A presença governamental serviu para oficializar um protocolo com a AIMMP que vai permitir a jovens realizarem estágios profissionais nestas empresas e que o presidente da associação, Fernando Rolin, espera venham “ajudar” na comunicação para conseguir colocar os produtos lá fora.
O dirigente espera que os empresários “tenham capacidade” para colocar estes jovens e alcançar um número de 80 estágios profissionais com as empresas do setor.
“Não basta ter bons produtos. É preciso afirmá-los e precisam da juventude para ajudar a comunicar lá fora”, afirmou.
Embora afirme que não teme a crise, o presidente da AIMMP reconhece que “o setor está num momento em que não é fácil ir ao mercado e investir em pessoas que darão resultados a médio prazo”.
Este programa, segundo disse, “vai permitir, pelo menos, financiar os ordenados dessas pessoas enquanto elas não começam a produzir de facto para a empresa, além de que também chegam às empresas apôs um período de formação”.
De acordo com o ministro da Economia, o setor florestal, no seu todo, é dos mais importantes da exportação nacional.
“Representa à volta de dez por cento do volume de exportações e o setor do imobiliário é um dos mais dinâmicos”, declarou.