Lisboa, 05 abr (Lusa) - A curadora portuguesa Filipa Oliveira foi convidada pela galeria nacional de arte contemporânea Jeu de Paume, em Paris, para criar a programação de 2012 do programa "Satellite", no qual vão participar quatro artistas plásticos.
O museu Jeu de Paume convida anualmente um curador free-lancer internacional para conceber o "Satellite", um programa de exposições para espaços não convencionais dentro do museu, como o café, o hall, mezzanine (piso intermédio) e foyer.
Os anteriores curadores do "Satellite" foram María Inés Rodríguez, Elena Filipovic e Raimundas Malašauskas.
Em declarações à agência Lusa, Filipa Oliveira disse sentir-se "radiante" com o convite porque é a primeira portuguesa a criar esta programação e porque é grande admiradora dos anteriores curadores, "personalidades muito conceituadas no mundo da arte contemporânea".
"Foi convite inesperado e é para mim uma grande honra porque o Jeu de Paume é um dos museus de arte contemporânea mais conceituados em Paris e no mundo", comentou a especialista, que desenvolve atividade de curadora independente e crítica de arte desde 2002.
Filipa Oliveira, nascida em Lisboa, em 1974, explicou à Lusa que já enviou uma proposta inicial com os nomes de quatro artistas que deseja convidar para as quatros exposições que serão apresentadas ao longo de 2012, iniciando-se em março.
A curadora explicou que o Jeu de Paume deu como condição que um dos artistas tinha que ser francês, e, por seu lado, Filipa Oliveira deu como condição aceitar o convite podendo indicar um artista português.
Os nomes não podem ainda ser revelados porque a organização não deu o aval, mas o grupo inclui ainda um artista peruano e um inglês.
Filipa Oliveira tem uma licenciatura em comunicação social pela Universidade Católica de Lisboa e fez um mestrado em história da arte contemporânea na Goldsmith University, em Londres.
Entre as exposições que Filipa Oliveira comissariou contam-se, em Lisboa, “Guardi: A Arte da Memória”, no Centro Cultural de Belém (2003), “(Re)Volver”, no espaço Plataforma Revólver (2006), “Jardim Aberto”, nos jardins do Palácio Belém (2007), e “Sete Artistas ao Décimo Mês”, na Fundação Calouste Gulbenkian (2008).
No estrangeiro fez “Café Portugal”, na Design Factory, em Bratislava (2008), “Helena Almeida. Inside me”, no Kettle’s Yard, em Cambridge (2009) e na John Hansards Gallery, em Southampton (2010).