31 de maio de 2011

Media: "Eles chegaram ao topo e não são doutores nem engenheiros" vence Grande Prémio de Jornalismo Económico

Lisboa, 31 mai (Lusa) – A jornalista Ana Rute Silva, do jornal Público, foi a vencedora da quinta edição do Prémio de Jornalismo Económico de 2011 com o trabalho “Eles chegaram ao topo e não são doutores nem engenheiros”, anunciou hoje a organização.

O trabalho conta a história de sucesso profissional de empresários sem formação académica superior, tendo a jornalista do Público ganho a mais alta distinção por parte do júri do prémio, vencendo simultaneamente a categoria de gestão de empresas e negócios.

Foram também premiados Alexandra Correia, jornalista da Visão com o artigo "A vida nas grandes barragens", na categoria sustentabilidade empresarial, e André Veríssimo e Paulo Moutinho, ambos do Jornal de Negócios, com o trabalho "Os resultados das empresas parecem sempre bons”, que venceram a categoria de mercados financeiros.

Esta é a quinta edição do Prémio de Jornalismo Económico, uma iniciativa conjunta da Universidade Nova de Lisboa e do Banco Santander Totta. Segundo a organização, o prémio tem o objetivo de "promover a qualidade da criação jornalística, distinguindo os melhores trabalhos de imprensa escrita e electrónica nas áreas de gestão de empresas e negócios, mercados financeiros e sustentabilidade empresarial, categoria que se estreia nesta edição".

O “Grande Prémio”, atribuído ao trabalho da jornalista Ana Rute Silva, tem um valor de 15 mil euros, e os restantes prémios, vencedores das respectivas áreas, o valor de 7.500 euros cada um.

Segundo a organização, nesta edição concorreram cerca de 60 trabalhos, que foram avaliados por um júri constituído por João Sàágua, presidente do júri e director da FCSH, José Rodrigues dos Santos, Sérgio Figueiredo, Francisco Sarsfield Cabral, José Albuquerque Tavares, Paulo Pinho e Luís Rochartre.

No ano passado, o artigo “PT é o Euromilhões para os acionistas”, da autoria dos jornalistas Anabela Campos, João Ramos e Nicolau Santos, do Jornal Expresso, foi o vencedor do "Grande Prémio" da quarta edição.

30 de maio de 2011

Museus: Portal sobre património imaterial é lançado quarta-feira com informação inédita

Lisboa, 30 mai (Lusa) - O portal Matriz Património Cultural Imaterial (PCI), um sistema de informação que vai reunir informação inédita do país sobre esta área, estará online a partir de quarta-feira, quando for apresentado num seminário, em Lisboa.

O seminário “MATRIZ: Novas Perspetivas para o Inventário, Gestão e Divulgação do Património Móvel e Imaterial”, organizado pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) e pela BOND – Building on Network Dynamics, vai decorrer nesse dia no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).

Contactado pela agência Lusa, Paulo Ferreira Costa, diretor do Departamento do Património Imaterial do IMC, revelou que o Matriz PCI vai ser um dos três instrumentos que o organismo apresentará publicamente na quarta-feira.

"Trata-se de um novo portal onde as entidades detentoras de manifestações do património cultural imaterial podem aceder e introduzir de forma a serem inventariadas", indicou o responsável, acrescentando que a criação deste instrumento representa o cumprimento, por Portugal, da convenção da UNESCO sobre esta área.

A convenção da UNESCO sobre esta matéria foi criada em 2003, entrou em vigor em Portugal em 2008, e no ano seguinte criou um quadro jurídico de salvaguarda de Património Cultural Imaterial.

Paulo Ferreira Costa indicou que a criação deste portal, que servirá para a criação de um inventário sobre o património imaterial do país, "é a condição para a futura apresentação de candidaturas de património imaterial por Portugal" à UNESCO.

O fado é a primeira expressão de património imaterial que Portugal apresentou oficialmente à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO, com avaliação prevista para novembro deste ano, em reuniões que vão decorrer em Bali, na Indonésia.

Além desta, está em preparação a candidatura da dieta mediterrânica, recordou.

Metade dos museus do país possui já no seu acervo fundos documentais na área do património imaterial, como fotografias, filmes e som, segundo os dados preliminares de um inquérito nacional realizado em 2010 por este departamento do IMC.

O diretor do departamento adiantou ainda que o portal Matriz PCI vai conter, traduzida pela primeira vez para português, toda a informação sobre as mais de 200 expressões de património imaterial mundial já classificadas pela UNESCO.

"Essa informação já constava no site da UNESCO, mas nas línguas oficiais, não em português", comentou.

No seminário serão também apresentados outros dois instrumentos: a nova versão 3.0 do Matriz, sistema de informação integrado para inventário, gestão e divulgação de património, cultural móvel, imóvel e imaterial, e uma nova versão do MatrizNet, o catálogo online dos museus e palácios do IMC.

Estas ferramentas desenvolvidas pelo IMC "fazem parte de um grande projeto estruturante para os museus do país”, sublinhou o responsável, lembrando que o projeto Matriz, como software, foi criado em 1994, e já teve várias evoluções.

No quadro da internacionalização do projeto Matriz, e através de parcerias com a entidade homónima do IMC no Brasil (o Instituto Brasileiro dos Museus) e noutros países de língua portuguesa, está ainda em construção um projeto de recolha para inventariação online do património cultural do mundo lusófono.

29 de maio de 2011

Media: Novo 'site' arranca segunda-feira para dar notícias do país em inglês

Lisboa, 29 mai (Lusa) - A Webtexto lança na segunda-feira o Portugal Daily View, o primeiro 'site' noticioso com conteúdos em inglês que visa levar as novidades do que se passa no país aos quatro cantos do mundo.

"Este projeto nasceu da constatação que na procura noticiosa na internet sobre Portugal não há informação em inglês. Até agora, só era possível encontrar notícias sobre o país em inglês em 'sites' institucionais ou em jornais estrangeiros, pelo que pela primeira vez vai estar disponível informação feita por jornalistas portugueses para o mundo", revelou à agência Lusa Vítor Matos, diretor do Portugal Daily View.

O jornalista especializado em política da revista Sábado desenvolveu este 'site' em conjunto com Blandina Costa, jornalista que passou por publicações como o Semanário Económico, Dia D, Focus e Visão, e que será a sub-diretora, tendo realçado que a ideia já vinha de trás, mas quando Portugal saltou para a ribalta noticiosa mundial devido ao resgate internacional negociado com a 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) por causa da crise da dívida soberana, o projeto foi acelerado.

"Não é tarde, nem é cedo. É já! Foi o que pensámos quando Portugal fez manchetes em todo o mundo devido ao pedido de intervenção externa. Levámos um mês para montar o projeto", explicou Vítor Matos.

A Webtexto foi fundada em 2000 e conta com seis jornalistas, que até aqui tinham como principal atividade produzir a linha em português da agência de notícias norte-americana Dow Jones, sobretudo, com notícias na área da bolsa e dos câmbios.

"Com a pequena margem de lucro da empresa investimos neste novo 'site' que quer servir os estrangeiros que não conseguem ler os jornais portugueses", realçou à Lusa o jornalista.

O Portugal Daily View fará todos os dias a revista de imprensa, acompanhará as manchetes dos principais jornais, fará a abertura, o meio da sessão e o fecho da bolsa portuguesa, publicará os indicadores económicos mais relevantes do país, mas também terá produção própria.

"Vamos ter especial atenção ao investimento estrangeiro em Portugal e ao investimento português no estrageiro. Queremos acompanhar o que as nossas empresas fazem lá fora", afirmou Vítor Matos.

Mas a política, o desporto, a cultura e o 'lifestyle' também farão parte integrante do novo 'site'.

"Vamos arrancar já com um especial eleições", revelou o diretor, explicando que também "há muita procura lá fora por notícias do desporto português".

O 'site' terá ainda uma área dedicada a blogues que abordam temáticas tão distintas como o quotidiano, a ficção, o futebol, o surf, a gastronomia, o vinho ou o golfe, contando ainda com vários outros blogues independentes associados. A fotografia também não fica de fora do Portugal Daily View.

"Estabelecemos um acordo com a agência Lusa, pelo que o canal Lusa News (em inglês) vai usar notícias do nosso 'site', como a revista de imprensa, os comentários de bolsa e os indicadores económicos", revelou o responsável, explicando que a internet foi o meio escolhido porque "o digital permite alcançar o mundo inteiro".

O investimento neste projeto "é muito baixo", disse Vítor Matos, explicando que a Webtexto "é uma empresa pequena que vive das ideias e do empenho".

Até agora, o projeto não tem nenhum investidor associado, mas já foi contratada uma agência de meios com o intuito de encontrar patrocinadores.

28 de maio de 2011

História: Raquel Ochoa conta a vida da "infanta rebelde" portuguesa que enfrentou o regime nazi



Lisboa, 28 mai (Lusa) – A “história de vida” de Maria Adelaide de Bragança van Uden, 99 anos, neta do Rei D. Miguel I, que enfrentou os nazis, e que vive na Caparica, é contada pela escritora Raquel Ochoa, no livro “A Infanta Rebelde”.

A infanta Maria Adelaide integrou a resistência austríaca aos nazis, esteve presa, veio viver para Portugal, onde criou a Fundação Nun’Álvares Pereira para apoio aos carenciados.

“É um exemplo de vida pela estatura moral, e esta é uma história que tinha de ser contada”, disse à Lusa Raquel Ochoa que “por acaso” se cruzou com a “dona infanta” (como é muitas vezes citada).

Referindo-se à obra, Raquel Ochoa afirmou: “É uma biografia romanceada completamente alinhada com a história que recolhi na primeira pessoa”.

A autora, vencedora em 2008 do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, afirmou que “em prol do prazer pela leitura” recriou os ambientes e alguns protagonistas, tendo pontuado a narrativa com o discurso direto de Maria Adelaide de Bragança van Uden.

“Mas todos os fatos relatados são verídicos”, sublinhou.

Referindo-se à atividade de Maria Adelaide como resistente aos nazis, na Áustria, Raquel Ochoa considera que é “uma ato heróico mas quando questionada sobre a questão, Dona Maria Adelaide apenas afirma que foi uma reação natural com algo com que não concordava. Era-lhe impossível viver num mundo assim”.

“A resistência era como respirar, perante a educação que tinha tido e os ideiais que tinha. Não resistir é que era uma violência contra ela mesma. Resistir era um ato natural”, explicou a autora.

Maria Adelaide foi detida pelas tropas nazis, tendo sido salva de fuzilamento “in extremis” e após várias diligências de António Oliveira Salazar que se indignou por terem prendido uma infanta portuguesa.

A autora sublinha que a infanta “teve outros de atos heróicos” e referiu o seu trabalho “como assistente social em prol das populações desfavorecidas” na margem sul do Tejo, desenvolvido de “forma discreta”.

“Ela [Maria Adelaide] percebeu que através da descrição não era notada nem perseguida, além de por educação, não gosta de fazer alarde do que faz, há zero de gabarolice nesta família, o que é a antítese da sociedade em que vivemos”.

Esta ação social foi feita no âmbito da Fundação Nun'Álvares Pereira que se diluiu após o 25 de abril de 1974.

Referindo-se à posição da infanta ao regime que antecedeu a revolução de 1974, Raquel Ochoa afirmou que “reconheceu Salazar como quem pôs em ordem as contas do Estado, mas insurgiu-se sempre contra os métodos usados”.

Raquel Ochoa começou a trabalhar neste livro em junho de 2009 quando entrevistou pela primeira vez a neta de D. Miguel I, ainda antes de decidir candidatar-se ao prémio Revelação Agustina Bessa-Luís com o romance “A Casa-Comboio”.

“Para mim, se algum mérito tenho, foi o de ter conseguido que se abrisse comigo. A história é dela, é a vida dela, e foi uma grande vida”, argumentou.

“D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde” com chancela da Oficina do Livro, tem prefácio de Duarte de Bragança, sobrinho da biografada, que a refere como “um exemplo”.

Guerra Colonial: Nuno Tiago Pinto conta em livro "a história da guerra por quem a fez realmente"


Lisboa, 28 mai (Lusa) – Cinquenta anos após o início da Guerra Colonial, o jornalista Nuno Tiago Pinto reuniu em livro 50 testemunhos de ex-combatentes, para contar “a história da guerra por quem a fez realmente”.

“Dias de Coragem e de Amizade – Angola, Guiné, Moçambique: 50 histórias da Guerra Colonial” fala “das pequenas coisas, das pequenas batalhas, das pequenas histórias, das pequenas rotinas do dia a dia”, diz o autor.

O livro reúne 50 testemunhos de ex-combatentes (incluindo três enfermeiras pára-quedistas, uma delas a primeira mulher a entrar na tropa) que “estiveram na guerra em períodos diferentes, em sítios diferentes, em situações diferentes”, explica o jornalista, atualmente a trabalhar na revista Sábado.

Com prefácio de Carlos Matos Gomes e fotografias de Rafael G. Antunes (às que se juntam as cedidas pelos ex-combatentes), o livro – editado pela Esfera dos Livros e a ser lançado no dia 07 de junho – está dividido pelas três frentes da Guerra Colonial e escrito no discurso direto de quem aí combateu, humanizando a guerra.

“As pessoas estão vivas para contar o que viveram, não deviam cair no esquecimento”, até porque a guerra deixou “marcas nos próprios e nas famílias”, quem foi “deixou uma mãe, um pai, muitas vezes uma mulher, muitas vezes já filhos”, sublinha o autor.

O que mais impressionou Nuno Tiago Pinto “foi a sensação que eles [os ex-combatentes] têm de que ninguém os compreende”.

O autor confessa que não estava à espera de ver “homens rijos, supostamente”, a chorarem “desalmadamente” quando recordam a guerra. “Está tudo muito fresco, eles falam e as imagens surgem à frente deles, revivem tudo de novo”, conta.

Nuno Tiago Pinto alerta que muitos dos ex-combatentes estão a chegar aos 60/70 anos e até podem ter tido “uma vida perfeitamente normal, com mulheres e filhos e empregos estáveis”, mas, agora, já na reforma, “têm tempo livre para pensar, e está tudo a voltar ao de cima”.

Pôr 50 pessoas a falarem da guerra não foi muito difícil, embora algumas, que antes da entrevista conversavam normalmente, quando chegou a hora de contar para o gravador não conseguiram, tiveram “ataques de pânico”.

Através das associações chegou a alguns dos ex-combatentes e depois esses indicaram outros. “Houve muita gente que falou por serem os 50 anos [do início da guerra], mas não falam tudo, continuam a achar que há coisas que não se devem dizer, há aquele melindre de dizer que se matou, que se usou bombas de napalm. Usou-se, era uma guerra. Matou-se, era uma guerra”, sustenta o autor.

Nuno Tiago Pinto considera que “a História tem tratado um bocadinho mal” os ex-combatentes na Guerra Colonial. “Há a ideia feita, que não corresponde à verdade, que ou são fascistas ou salazaristas, porque têm aquela nostalgia do tempo passado em África. Isso não é verdade. Eram pessoas que, por acaso, numa altura da vida, em vez de irem para a tropa normal, foram para a guerra. Muitos delas não queriam ir, foram por obrigação, para cumprir um dever, defender o que lhes ensinaram que era Portugal”, contrapõe.

Há quem se esqueça de olhar para a Guerra Colonial “à luz do contexto histórico da época”, diz. Naquela altura, “Portugal era do Minho a Timor e uma rebelião em Angola era como se fosse uma rebelião no Ribatejo”. Além disso, a grande maioria das pessoas não questionava ideologicamente o que se passava no Portugal de 1961.

Na opinião do autor, depois do 25 de Abril “houve uma tentativa de manter estas pessoas afastadas a um canto, quietas, sossegadas, sem chatear”. Nuno Tiago Pinto defende que, “independentemente” de ideologias, “estas pessoas têm de ser bem tratadas”, já que, hoje, “os militares que vão para a Bósnia ou para Timor, se lhes acontecer alguma coisa, têm algum apoio, não são discriminados, não são postos de lado”.

Nascido depois do 25 de Abril, o autor diz que a Guerra Colonial “parece que foi apagada dos manuais escolares” e realça: “Muitas das coisas que eu agora sei sobre a Guerra Colonial aprendi nos últimos tempos, foi a fazer o livro, a ler coisas e foi, sobretudo, a falar com estes 50 homens e mulheres.”

Ciência: Primeira enciclopédia científica online em português já pode ser consultada

Lisboa, 28 mai (Lusa) – A primeira enciclopédia científica online em língua portuguesa dirigida a professores e alunos dos ensinos básico e secundário já pode ser consultada e até ao final do ano reunirá cerca de mil entradas.

A WikiCiências, explicou à agência Lusa o editor-chefe da publicação e professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, José Ferreira Gomes, contém o “léxico básico das disciplinas científicas do ensino básico e secundário, como a Matemática, a Biologia ou a Física”.

Depois de identificado o número de termos a recolher, entre 200 e 600 por cada disciplina, começaram a ser preparados textos com a colaboração de professores e investigadores do Ensino Superior.

“O modelo da WikiCiências é colaborativo e os artigos ficam com indicação do autor e do editor, quem aprovou, o que funciona como certificação do texto que é apresentado”, disse José Ferreira Gomes.

Neste momento, há 400 termos já publicados e 500 em processo de avaliação e melhoria.

“Lentamente iremos caminhar para alguns milhares de termos”, afirmou, acrescentando que até ao final do ano deverão estar disponíveis mil entradas na enciclopédia.

A WikiCiências é apresentada na segunda-feira em Lisboa, numa cerimónia em que serão entregues também os prémios Casa das Ciências 2011.

A Casa das Ciências é um projeto da Fundação Calouste Gulbenkian para promoção da aprendizagem das ciências nos ensinos básico e secundário.

O prémio visa distinguir os materiais “cientificamente corretos e didaticamente mais relevantes” utilizados pelos professores nas aulas.

“Desafiámos os professores a partilharem os materiais que usam nas aulas. Fizemos a recolha ao longo de um ano e, de entre todos, cerca de cem, selecionámos os melhores”, explicou José Ferreira Gomes.

A enciclopédia está disponível em http://wikiciencias.casadasciencias.org.

28 et 29 Mai 2011 se tiendra au Haras de la Vendée le 4ème MASTER Grand Ouest du cheval Lusitanien


Pour la première fois au Haras de la Vendée un concours de dressage de chevaux lusitaniens, de niveau régional et international, un concours de modèles et allures, et des démonstrations de l'équipe de France d'équitation de travail animeront le haras de la Vendée, les 28 et 29 mai 2011

L’accès au site du haras de la Vendée sera libre et gratuit à cette occasion, et les visiteurs pourront trouver de quoi se restaurer sur place.



Au programme du Samedi :


- de 10h à 18h Concours d’élevage qui récompensera les meilleures femelles


Epreuves de dressage réservées aux Lusitaniens


Démonstrations d’équitation de travail (12h et 17h)


Au programme du Dimanche :


- de 9h à 19h Concours d’élevage qui récompensera les meilleurs mâles ainsi que les champions des catégories femelles et mâles.


Epreuves de dressage réservées aux Lusitaniens


Démonstrations d’équitation de travail (11h et 16h)


A NE PAS RATER, des démonstrations très spectaculaires d’équitation de travail par l’équipe de France, médaillée de bronze aux derniers championnats d'Europe :


Samedi 12h et 17h, Dimanche 11h et 16h sur la cour Coirard du haras.


Cette discipline équestre dont les origines remontent au travail du bétail des éleveurs portugais, comprend des épreuves de dressage, de vitesse et de maniabilité, le tout en costume traditionnel portugais.

27 de maio de 2011

População: Esperança de vida à nascença aumentou para 79,20 anos em 2008/2010 - INE

Lisboa, 27 mai (Lusa) - A esperança média de vida à nascença e aos 65 anos voltou a aumentar na população de Portugal, revelam as Tábuas de Mortalidade para o triénio 2008/2010 hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os valores definitivos da esperança média de vida à nascença para aquele período foram de 79,20 anos para ambos os sexos, de 76,14 anos para os homens e de 82,05 anos para as mulheres.

No triénio anterior, de 2006 a 2008, a esperança média de vida era de 75,49 anos para os homens, 81,74 para as mulheres e 78,70 para ambos os sexos.

O período 2008 a 2010, apresentou uma esperança média de vida dos portugueses aos 65 anos de 18,47 anos para os dois sexos, de 16,64 anos entre os homens e de 19,89 entre as mulheres.

Os dados divulgados pelo INE há dois anos, para 2006 a 2008, apontavam para uma esperança de vida aos 65 anos de 18,13 anos para ambos os sexos, de 16,25 para os homens e de 19,61 para as mulheres.

O Instituto Nacional de Estatística começou a divulgar as Tábuas de Mortalidade em 2007, tendo como referência o período de 2004-2006.

Este instrumento de análise estatística, que se baseia num conjunto de funções básicas, permite medir o fenómeno de mortalidade de uma população e deduzir a correspondente vida média, sendo a sua principal aplicação no domínio das projeções de população residente, para determinar as probabilidades de sobrevivência e permitir extrapolar as tendências observadas.

Comunidades: Governo anuncia entrada em execução do Netinvest três anos depois de ter sido lançado

Lisboa, 27 mai (Lusa) – O secretário de Estado das Comunidades anunciou hoje que entrou em execução o programa Netinvest, para captar investimento de empresários portugueses residentes no estrangeiro e fomentar as suas relações com empresas portuguesas, que vinha sendo anunciado desde 2008.

O programa arranca com uma dotação de 1,5 milhões de euros e “está finalmente em execução”, disse António Braga, referindo que, apesar das restrições orçamentais, o Governo assumiu-o como prioritário e, “neste contexto, foram oficialmente alocadas as verbas para que o projeto possa ser implementado de imediato”.

O Netinvest terá um portal que será o balcão de interlocução com os empresários da diáspora que, desde já, podem utilizar um endereço de e-mail, o netinvest@dgaccp.pt, para onde devem dirigir todas as questões relativamente ao modo de funcionamento do programa.

Questionado sobre o momento deste anúncio, a poucos dias de eleições legislativas, o governante sustentou que acontece porque “é o tempo oportuno quanto à consolidação do programa” e não por ser “um tempo eleitoral”.

Sobre a demora no início da execução do programa, que vem sendo anunciado desde final de 2008, António Braga argumentou que o Netinvest “cresceu na estrutura clássica da administração pública portuguesa e é um programa que faz uma rotura com procedimentos, relativamente à relação com a diáspora e nos relacionamento com as diferentes estruturas” para o qual “foi necessário construir caminhos que não existiam”.

O secretário de Estado referiu que esta é “a primeira política pública dirigida aos empresários da diáspora portuguesa que queiram investir em Portugal ou fazer parcerias com empresas portuguesas” para a sua internacionalização, fazendo, por exemplo, com que o produto dessas empresa, nomeadamente as PME, possa ser colocado nesses mercados.

“Não podemos perder um dia na possibilidade de poder encontrar parceiros que ajudem à internacionalização da economia portuguesa”, defendeu António Braga, considerando que “seria insensato que, terminado o caminho, não pudesse ser colocado à disposição dos portugueses, sobretudo os que estão no estrangeiro”.

Entre as primeiras ações previstas estão a implementação do Portal Netinvest, a realização de um trabalho de identificação e caraterização para saber a dimensão e abrangência destas comunidades e a preparação do fórum mundial de empresários que será realizado no Porto em novembro deste ano.

“Vivemos tempos de crise, difíceis, mas há condições para estes empresários poderem partilhar o crescimento e a internacionalização das empresa portuguesas”, sustentou o secretário de Estado das Comunidades, adiantando que o financiamento garantido, com verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), para realizar em dois anos, pode aumentar se o programa tiver “a viabilidade e o reconhecimento esperado”.

António Braga comentou ainda a intenção do PSD, que no seu programa eleitoral diz que irá “reestruturar e substituir o programa Netinvest por um programa eficaz de promoção de parcerias e de negócios entre empresários de origem portuguesa”.

“Veremos quem vai ser Governo. Este programa está totalmente vocacionado para o fim que referi e quem for capaz de o melhorar, em que circunstâncias for, no poder ou na oposição, é bem vindo”, afirmou.

26 de maio de 2011

Luso Jornal n° 37 de 25 de Maio de 2011

Língua: Novo dicionário bilingue português-inglês, uma ferramenta essencial até para ir às compras


Londres, 26 mai (Lusa) - Um dicionário bilingue português-inglês com as traduções corretas dos nomes dos peixes, do canto do galo e até de palavrões foi o resultado de quatro anos de trabalho de Maria Fernanda Allen.

Professora há 30 anos na escola de línguas da Universidade de Westminster, Maria Allen é também tradutora e trabalhou com intérpretes e sempre se incomodou com as imprecisões em alguns dicionários.

Mas é no quotidiano que mais se irrita por ver chamar nomes como “roberto”, “marlusa” ou “brota” à pescada, que em inglês se traduz corretamente por “hake”.

“É que eu sou dona de casa também e vou muitas vezes a Portugal, ao Algarve. Adoro ver aqueles mercados lindos que não temos aqui, e consequentemente fico ofendida quando vejo um nome diferente do peixe”, lamentou à agência Lusa.

Recentemente, confrontou uma peixeira, que lhe explicou que tinha sido uma senhora inglesa a indicar a tradução mas o resultado era que estava a vender um “peixe completamente diferente”.

Outro peixe cujo nome vê frequentemente mal traduzido por “swordfish” é o peixe-espada, denominado corretamente por “cutlassfish”.

“Em vários dicionários estão a dar-lhe o título de ‘swordfish’ porque estão a traduzir diretamente do inglês, mas se for a um mercado aqui e olhar para o tal ‘swordfish’ [percebe que] é completamente diferente do peixe-espada”, vincou.

Maria Allen reconhece que “nenhum dicionário é perfeito”, mas tentou fazer a obra, lançada na quarta-feira em Londres pela editora Routledge, o mais completa e atualizada possível.

Além das traduções corretas de certas palavras e termos especializados de direito ou economia, incluiu expressões idiomáticas, interjeições, coloquialismos, onomatopeias, como a linguagem dos animais, e até palavrões.

Por exemplo, enquanto o canto do galo é escrito “cocorocó” em português, na língua inglesa é “cock a doodle doo”.

O dicionário é bilingue Português-Inglês e Inglês-Português e inclui referências às especificidades do português europeu, africano e brasileiro e do inglês britânico e americano.

Tem informação sobre nacionalidades e toponímias, factos culturais dos países lusófonos e anglófonos, uma tabela de equivalência de medidas e pesos e um guia com as alterações introduzidas pelo acordo ortográfico.

Congresso: Portugal assume presidência dos tribunais de Contas europeus

Lisboa, 26 mai (Lusa) - Portugal vai assumir a presidência da organização que reúne os tribunais de Contas europeus Eurosai na próxima semana, durante o VIII congresso do setor que decorrerá em Lisboa entre 30 de maio e 02 de junho.

Neste encontro, Portugal assumirá a presidência da Eurosai durante os próximos três anos, sucedendo à Polónia.

A realização deste congresso – que terá como temas de destaque os desafios, exigências e responsabilidades dos gestores públicos e o papel dos tribunais de Contas e o controlo das entidades reguladoras independentes – “é uma oportunidade extraordinariamente importante para se refletir sobre a questão essencial deste momento, que é o controlo das finanças públicas e as competências dos tribunais de Contas e instituições congéneres”, disse em entrevista à Lusa o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins.

A crise financeira e das dívidas soberanas “obrigam hoje a dar aos tribunais de Contas maior importância. Este reconhecimento internacional é um reconhecimento claríssimo que tem sido assumido por todos”, o que reforça o destaque do congresso no contexto atual.

“Existe uma grande preocupação na cooperação internacional das instituições” e a atual situação leva a que todos os tribunais de Contas e organizações congéneres passem a estar mais na ribalta e a ter tarefas muito mais exigentes”, sublinhou Guilherme d'Oliveira Martins.

“Um dos problemas que foi suscitado aquando da crise financeira internacional teve a ver com o facto de uma parte das tarefas de auditoria estarem confiadas a instituições que estavam no mercado. Isso determinou que se tenha chegado à conclusão que a independência da auditoria tem de ser especialmente reforçada”, devendo ser desempenhada por instituições independentes como os tribunais de Contas ou as auditorias gerais.

Portugal, explicou o presidente do Tribunal de Contas, tem “um sistema particularmente interessante” – denominado Continental -, uma vez que é “um verdadeiro tribunal integrado num poder judicial a desempenhar estas funções”, tendo também uma câmara de auditoria com todas as características do sistema anglo-saxónico, “mas todos os seus juízes têm poder sancionatório, o que lhes dá uma eficácia muito maior”.

Uma das preocupações que existem noutros países, adiantou, “tem a ver com o facto as câmaras de auditorias ou as instâncias mais dedicadas à auditoria não terem como em Portugal competências sancionatórias”. E esse é um “problema que tem sido suscitado em todos os países e há uma grande atenção e grande disponibilidade de todos de seguirem a experiência portuguesa”. Por isso, Portugal será “um dos exemplos concretos que vai ser objeto de debate e de discussão”.

No congresso estarão representados os 50 países que integram a Eurosai, tendo Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor como países convidados.

24 de maio de 2011

Futebol: Camisola de Cristiano Ronaldo e encontro com o jogador a concurso no Facebook

Lisboa, 24 mai (Lusa) – Os fãs do futebolista Cristiano Ronaldo vão ter oportunidade de ganhar uma camisola autografada pelo seu ídolo, além de um encontro com o melhor marcador da Europa, bastando criar um cartaz com uma frase alusiva à seleção nacional.

A ação, lançada por uma entidade bancária, foi denominada “Cristiano Ronaldo, dá-me a tua camisola” e pretende que os sócios da seleção nacional na rede social Facebook, na página “Sócio da Seleção”, criem um cartaz com uma frase alusiva à equipa das “quinas”.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição bancária, a dupla vencedora, aquela que obtiver mais “likes” no cartaz/frase, irá receber duas camisolas oficiais da seleção nacional, autografadas e entregues por Cristiano Ronaldo, durante o estágio da equipa.

Mas há também prémio para os segundo e terceiros mais “votados”, que recebem quatro bilhetes para o jogo Portugal-Noruega, encontro da fase de qualificação para o Euro2012 e a disputar a 4 de junho, e dois kits sócio da seleção, respetivamente.

Os cinco cartazes mais originais vão a votação de 27 a 31 de maio no sítio da internet sociodaseleccao.pt, sendo os vencedores conhecidos a 01 de junho.

Eleições: Emigrantes com morada portuguesa no cartão de cidadão devem recensear-se nos consulados para receber voto - MAI

Lisboa, 24 mai (Lusa) - O Ministério da Administração Interna (MAI) esclareceu hoje que para receberem o boletim de voto no estrangeiro em futuras eleições, os emigrantes que têm uma morada portuguesa no cartão de cidadão devem recensear-se nos consulados.

"A Lei prevê a inscrição de nacionais, habitualmente residentes no estrangeiro, no consulado respetivo, sem alterar a residência no território nacional, indicada no bilhete de identidade ou no cartão de cidadão, mediante a apresentação de documento comprovativo da residência no país de acolhimento, emitido pela autoridade competente desse país", refere o MAI, em nota enviada à Agência Lusa.

O esclarecimento do MAI surge depois de, na segunda-feira, o deputado e cabeça de lista social-democrata pelo círculo da Europa, Carlos Gonçalves, ter dado conta de queixas de portugueses no estrangeiro que não estão a receber os boletins de voto para as eleições de 05 de junho.

"Há muita gente que não está a receber o boletim de voto que percebeu que ao fazer o cartão do cidadão em Portugal mudou automaticamente a residência [de recenseamento]. Recebi muitas críticas nesse sentido", disse Carlos Gonçalves à Agência Lusa.

O que acontece, explicou Carlos Gonçalves, é que quando as pessoas fornecem uma morada portuguesa para fazer o cartão de cidadão essa morada é automaticamente associada ao recenseamento eleitoral em território nacional.

Para o deputado, este problema tem origem na falta de informação das pessoas sobre as regras de funcionamento do novo documento.

Para o MAI, esta situação "resulta do cumprimento rigoroso e estrito" da Lei do Recenseamento Eleitoral, aprovada por unanimidade na AR, em 2008.

"Quando se reside no estrangeiro e, voluntariamente, se indica como residência uma freguesia no território nacional, tal facto tem de determinar consequências quando se está em sistema de recenseamento automático no território nacional. Por isso, os cidadãos são inscritos no recenseamento do território nacional e não no recenseamento do respetivo consulado, pelo que não poderiam receber os respetivos boletins de voto", explicou o ministério.

O MAI acrescentou que, quando obtêm o cartão de cidadão, os eleitores "são expressamente avisados, na carta que recebem para proceder ao levantamento, que a sua obtenção pode produzir alterações ao nível do recenseamento eleitoral, situação que devem verificar".

Nas eleições legislativas, os emigrantes votam por correspondência.

Eleições: Quase 200 mil eleitores já votam no estrangeiro

Lisboa, 23 mai (Lusa) - Quase 200 mil eleitores emigrantes estão já a votar por correspondência para as eleições legislativas de 05 de junho nos círculos da Europa e Fora da Europa, onde estão em disputa quatro lugares de deputado.

Nas eleições legislativas, os eleitores residentes no estrangeiro votam por correspondência e a administração eleitoral portuguesa apelou para que os votos sejam enviados "o mais urgente possível", para prevenir atrasos dos serviços de correio, nomeadamente em países como a Venezuela ou o Brasil.

Fonte da Direção-geral da Administração Interna (DGAI) disse à Agência Lusa que para as eleições de 05 de junho foram enviados, entre 5 e 11 de maio, 8.763 boletins de voto para África, 103.410 para as Américas, 7.880 para a Ásia e Oceânia e 75.076 para a Europa.

Segundo a mesma fonte, desde 16 de maio que estão a ser recebidas em Lisboa cartas com os primeiros votos dos emigrantes.

Os votos só serão considerados válidos "se apresentarem prova de saída do país [de residência dos emigrantes] até ao dia 05 de junho (através do carimbo dos correios) e chegarem ao Centro de Apuramento de Lisboa até ao dia 15 de junho".

Além do boletim de voto, são enviados em carta registada um envelope branco endereçado aos serviços da DGAI, um subscrito verde para inserir o boletim e uma folha de instruções, devendo os eleitores remeter com o voto uma fotocópia do cartão de eleitor.

Nos círculos da emigração estão em disputa quatro assentos na Assembleia da República (dois pela Europa, dois por fora da Europa) e há mais de três décadas que apenas PSD e PS elegem deputados, com os social-democratas a garantirem tradicionalmente três dos quatro lugares disponíveis.

A exceção foram as legislativas de 1999, quando os socialistas ficaram com os dois mandatos da Europa e conseguiram eleger um deputado Fora da Europa.

Nas últimas eleições legislativas, o PSD elegeu dois deputados no círculo Fora da Europa e um na Europa, enquanto o PS conquistou um assento na Europa.

Na votação de 2009, a abstenção entre os emigrantes chegou aos 85 por cento, depois de em 2005 ter rondado os 76 por cento.

Às próximas eleições concorrem 13 listas candidatas pela Europa e 12 por fora da Europa.

Paulo Pisco (PS), Carlos Gonçalves (PSD), Isaias Afonso (CDS-PP), Cristina Semblano (BE) e Maria da Encarnação Galvão (CDU) são os cabeças-de-lista dos partidos com assento parlamentar pela Europa.

Por Fora da Europa candidatam-se Carolina Almeida (PS), José Cesário (PSD), Augusto Cymbron (CDS-PP), Gustavo Behr (BE) e Maria Helena Cunha (CDU).

22 de maio de 2011

Museus: Museu do Douro é o primeiro museu de território construído em Portugal


Peso da Régua, 21 mai (Lusa) – O Museu do Douro, que hoje foi distinguido com uma menção honrosa no âmbito do Prémio do Museu Europeu do Ano 2011, organizado pelo European Museum Forum (EMF), localiza-se na Régua e é o primeiro museu de território construído em Portugal.

O Museu do Douro - criado na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República - foi uma das seis instituições que hoje receberam menção honrosa no Prémio Museu Europeu do Ano 2011, uma competição em que o Museu Galo-Romano de Tongeren, Bélgica, arrecadou a vitória.

A sede da Museu do Douro abriu as portas em dezembro de 2008, 11 anos depois da sua criação e após um investimento de 5,2 milhões de euros.

Criado em 1997 na sequência de uma lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República, este é também o primeiro museu de território construído em Portugal, que vai funcionar de forma polinucleada, com sede no Peso da Régua e vários núcleos espalhados pela Região Demarcada do Douro.

O museu pretende ser representativo de toda a região do Douro e contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural deste território, Património Mundial da UNESCO desde 2011.

Até ao momento, abriram os Museus do Imaginário (em Tabuaço) e Pão e Vinho em Favaios (Alijó). Em breve avançarão os Pólos do Vinho (São João da Pesqueira) e da Seda (Freixo de Espada à Cinta).

A exposição permanente desta estrutura mantém-se instalada num espaço de exposições do Antigo Armazém 43 e ilustra os trabalhos na vinha até à vindima e a produção do vinho, com destaque para o Vinho do Porto.

Gerido pela Fundação do Museu do Douro, com participação do Ministério da Cultura, entidades públicas e privadas, este organismo tem sofrido constrangimentos de financiamento que estão também relacionados com as dificuldades de pagamento por parte de algumas autarquias.

Também algumas iniciativas previstas para 2010 como a grande exposição anual “Rios Douro” não se chegaram a concretizar.

Para 2011, o Museu do Douro conta com um orçamento de 1,4 milhões de euros, menos um milhão de euros do que o que estava previsto para o ano passado.

Uma das principais iniciativas programadas para este ano é a exposição de homenagem a Antónia Adelaide Ferreira, que assinala o bicentenário do nascimento da “Ferreirinha da Régua” e pretende revelar a vida e obra desta que foi uma das mais importantes figuras do Douro Vinhateiro.

Além do Museu do Douro, de Portugal foram ainda nomeados para o prémio a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, de Coimbra. O júri nomeou 34 museus de 15 países, entre eles a Rússia, Espanha, Áustria, Turquia, Finlândia, Bélgica, Croácia, Azerbeijão, Suíça e Reino Unido.

O EMF, que funciona sob os auspícios do Conselho da Europa, é uma organização europeia independente e sem fins lucrativos criada nos anos 1970 para promover a qualidade das instituições museológicas e todos os anos atribui um galardão para distinguir a excelência nesta área.

20 de maio de 2011

Música: Revista Les Inrockuptibles elogia portugueses You Can't Win Charlie Brown


Lisboa, 20 mai (Lusa) - A revista francesa Les Inrockuptibles elogiou hoje o grupo português You Can't Win Charlie Brown, que edita no dia 30 o álbum "Chromatic", descrevendo a música como melancólica e luminosa.

Semanalmente a revista francesa dá destaque, na edição online, a cinco novos projetos musicais e esta semana entre os escolhidos estão os portugueses You Can't Win Charlie Brown.

O grupo editou em 2010 um EP, homónimo, e prepara-se para lançar o álbum de estreia que reúne 12 temas compostos maioritariamente por Afonso Cabral e Salvador Menezes, dois dos seis elementos da banda.

Para a Inrockuptibles, a música dos You Can't Win Charlie Brown tem ideias melódicas "geniais", "incrivelmente sensíveis, tão belas de chorar", e "arranjos grandiosos", dando como exemplos de aproximação musical nomes como Grizzly Bear, Bon Iver ou Fleet Foxes.

A publicação afirma que andou à procura do adjetivo certo para qualificar a música do grupo lisboeta, mas possivelmente só se encontrará "no mundo maravilhoso que eles criaram".

Dos You Can't Win Charlie Brown fazem parte os músicos Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa, Tomás Sousa, João Gil (Diabo na Cruz e Julie & The Carkackers) e David Santos (Noiserv).

"Chromatic", que sairá pela editora independente Pataca Discos, tem produção de Mário Feliciano (Real Combo Lisbonense).

Este mês o grupo disponibilizou para audição e descarregamento gratuito na Internet os temas "Over the sun/Under the water", o primeiro single, e "I´ve benn lost", marcados por harmonias vocais e com a presença de guitarras acústicas, metalofones e uma linha rítmica a fazer lembrar os Animal Collective.

De "Chromatic" fazem parte ainda temas como "Green Grass #1", Euphemisms" e "An Ending", tema de mais de sete minutos que fecha o disco.

Na semana passada, o grupo esteve no Reino Unido para dois concertos em Londres e em Brigton, no Festival Great Escape.

Turismo: Estrangeiros gastaram mais 7% no primeiro trimestre - Banco de Portugal

Lisboa, 20 mai (lusa) – Os gastos em Portugal de turistas estrangeiros aumentaram sete por cento no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo anterior, enquanto os dos portugueses cresceram 1,7 por cento, segundo dados do Banco de Portugal.

Os turistas estrangeiros geraram quase 1,3 milhões de euros em receitas, mais 83 milhões de euros (ou mais sete por cento) em relação ao mesmo período do ano passado.

Estes resultados traduziram num crescimento de 13,4 por cento do saldo (positivo) da balança turística, refletindo o aumento dos gastos dos turistas estrangeiros, com destaque para a França, Brasil e Estados Unido, sendo que o aumento de receitas no conjunto destes dois últimos países (mais 25,5 milhões de euros) equivaleu a quase um terço do crescimento no primeiro trimestre.

No entanto, segundo o Banco de Portugal, França foi naquele período o mercado que mais contribuiu em termos absolutos para o aumento das receitas (mais 17,5 milhões de euros), liderando também o crescimento nas dormidas (mais 40 mil) e no número de hóspedes.

O aumento de 3,3 por cento das dormidas de turistas estrangeiros no primeiro trimestre (mais 122 mil que em 2010, com destaque para a Rússia, Suécia e Brasil) mais do que compensou a redução ligeira de dormidas dos nacionais (-menos 0,4 por cento).

Reino Unido: Dois portugueses integram programa de novos artistas da Royal Opera House

Lisboa, 19 mai (Lusa) - A soprano Susana Gaspar e o encenador Pedro Ribeiro foram selecionados para trabalhar na Royal Opera House, em Londres, no âmbito de um programa artístico destinado a novos talentos.

De acordo com o sítio oficial na internet da Royal Opera House, o programa artístico Jette Parker de 2011 arranca em setembro e contará com seis profissionais, entre os quais os dois portugueses.

Susana Gaspar, que estudou na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, já participou nas óperas "Flauta Mágica", "La Serva Padrona", "Orfeo e Euridice", "Principezinho" e no ano passado integrou a ópera "La Bohéme", com a British Youth Opera.

Pedro Ribeiro é licenciado em Estudos Teatrais, tem o curso de encenação de ópera pela Fundação Calouste Gulbenkian e foi assistente de João Paulo Seara Cardoso.

Selecionados entre 45 candidaturas de 23 países, os dois portugueses vão integrar as produções teatrais da Royal Opera House durante os próximos dois anos, ao mesmo tempo que receberão formação.

Susana Gaspar irá estrear-se na Royal Opera House no papel de Barbarina, na ópera "As bodas de Fígaro", de Mozart.

Já Pedro Ribeiro será assistente dos encenadores da Royal Opera House nas óperas "La Traviata", "Don Giovanni", "Falstaff" "La bohème".

A estreia do encenador está marcada para outubro no espetáculo "Les Nuits d’été and Aurore", no qual estará também Susana Gaspar.

Cultura: Cineasta Luís Filipe Costa distinguido com o Prémio Consagração de carreira pela Sociedade Portuguesa de Autores

Lisboa, 19 mai (Lusa) – A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) comemora sexta-feira o seu 86.º aniversário distinguindo alguns dos seus cooperantes e entregando o Prémio de Consagração de Carreira ao realizador, romancista e radialista Luís Filipe Costa.

Nesta mesma cerimónia, que acontece na sede da SPA em Lisboa às 18:00, serão entregues os Prémios Pró-Autor, antecipando a comemoração do Dia do Autor Português, que se celebra no dia 22, por coincidir com um domingo, justifica a cooperativa num comunicado.

A SPA distingue este ano com Medalhas de Honra o dramaturgo, encenador e cenógrafo Hélder Costa, o jornalista António Tavares Teles, o compositor e intérprete José Mário Branco, o ator Rui Mendes, o poeta, compositor e guionista Nuno Nazareth Fernandes, a compositora e intérprete Maria Guinot, a teatróloga Yvette Centeno e o escritor Fernando Dacosta.

Estes galardões distinguem autores, “já em fase avançada da sua carreira criativa, que se têm destacado pela obra realizada”, refere a SPA.

Também serão entregues os Prémios Pró-Autor, que “consagram a ação de pessoas individuais e coletivas no tocante à difusão e dignificação do trabalho dos autores portugueses”.

Irão ser distinguidos com o Prémio Pró-Autor o Centro Cultural de Belém, o Festival de Cinema Fantasporto, o Teatro Experimental de Cascais, Ana Aranha pelo programa “À Volta dos Livros”, da RDP-Antena 1, o Jornal de Letras, o Correntes d'Escritas, encontro de escritores de línguas ibéricas que anualmente se realiza na Póvoa do Varzim, o maestro Álvaro Cassuto e a víúva do escritor Jorge de Sena, Mécia de Sena, que em 2009 entregou o espólio do autor de “O Banquete de Dionísos” à Biblioteca Nacional de Portugal.

No decorrer da cerimónia será conhecido o vencedor do Grande Prémio de Teatro Português SPA/Teatro Aberto 2011.

A peça “O Álbum de Família”, de Rui Hebron, foi a vencedora no ano passado deste galardão.

17 de maio de 2011

Internet: Web provocou mudança radical nos hábitos das pessoas - Fundação para a Computação Científica


Lisboa, 17 mai (Lusa) – O presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) considera que a Internet provocou uma “mudança radical” nos hábitos das pessoas e, um dia antes da comemoração do Dia Mundial da Internet, alerta para os perigos futuros.

“Hoje em dia assistimos a um mundo onde as pessoas até uma certa idade têm que estar sempre ligadas à Internet para ler e-mail, para se atualizarem, para comunicarem com os amigos, para saberem onde é o restaurante onde querem ir”, sublinhou à Lusa Pedro Veiga, acrescentando que “houve uma mudança radical”.

Ligado à introdução da Internet em Portugal, Pedro Veiga conta que a “explosão” para o grande público só começou em 1995, já que a rede “esteve 10 anos no anonimato dos gabinetes dos investigadores”.

Entre as várias alterações que a Internet provocou, o presidente da FCCN assinala o facto de ter viabilizado “aquilo que muitas vezes se chama a convergência tecnológica – fusão das indústrias da informática, das telecomunicações e dos conteúdos – e, por exemplo, na área dos media, os jornais diminuíram imenso a sua tiragem em papel e passaram a ter uma presença na Internet”.

Também a indústria da música “teve uma alteração muito grande com o aparecimento do You Tube” e a pesquisa de informação com o Google, disse.

E as mudanças continuam a acontecer.

“Muita gente discute hoje se não terá sido o impacto da Internet e do que ela permite, nomeadamente com as redes sociais, que provocou os acontecimentos recentes no mundo árabe”, referiu.

O responsável, que foi na década de 80 um dos professores universitários que começaram a preocupar-se com as redes para efeitos de investigação e hoje preside o ramo português da Internet Society, uma organização que dinamiza a Internet a nível mundial, alerta para os perigos que a Net ainda enfrenta.

“Vejo alguns perigos à nossa frente como as tentativas de governos e grandes grupos económicos controlarem mais a Internet e isso vai limitar a liberdade de escolha das pessoas”, afirmou, adiantando não estar a referir-se “apenas a governos de países não democráticos”.

No final do ano passado, Portugal tinha 2,6 milhões de utilizadores de Internet em banda larga móvel e 2,1 milhões da Internet fixa, um número que tem vindo a crescer, registando-se um crescimento de 18,9 por cento em relação ao último trimestre de 2009.

O ADSL é a tecnologia de acesso à Internet mais usada, sendo utilizada por mais de metade da população, mas o modem cabo é o que apresenta maiores adesões.

O Dia Mundial da Internet foi instituído em 2006, idealizado pela Associação dos Utilizadores de Internet espanhola e com o aval das Nações Unidas para promover a reflexão sobre as potencialidades das novas tecnologias na vida dos cidadãos.

Na mesma data serão celebrados, de forma conjunta, os dias da Sociedade da Informação e das Telecomunicações, englobados no Dia Mundial da Sociedade da Informação.

16 de maio de 2011

Apelo para emigrantes mandarem votos com urgência

A administração eleitoral apelou hoje aos emigrantes portugueses para que enviem, "o mais urgente possível", os boletins de voto para as eleições legislativas de 5 de Junho para prevenir eventuais atrasos dos serviços de correio.

"O voto deverá ser enviado, o mais urgente possível, por forma a obviar os atrasos nos circuitos postais, devendo o cidadão ter em atenção aos tempos de entrega da correspondência nos respetivos países", refere a Direcção-Geral de Administração Interna (DGAI) em nota enviada à comunicação social.

Nas eleições legislativas, os eleitores residentes no estrangeiro votam por correspondência e a DGAI informa que está a decorrer actualmente o envio dos boletins de voto para a morada dos eleitores emigrantes.

A votação por correspondência arranca entre 30 e 40 dias antes da data das eleições, quando a área eleitoral da DGAI começa a enviar por correio os boletins de voto, e termina 10 dias depois com o apuramento dos votos.

"Assim que recepcionarem os boletins de voto [...] podem, imediatamente, exercer o seu direito de voto", sublinha a nota, que alerta ainda para o facto de o voto só ser considerado válido "se apresentar prova de saída do país [de residência dos emigrantes] até ao dia 5 de Junho (através do carimbo dos correios) e chegar ao Centro de Apuramento de Lisboa, até ao dia 15 de Junho".

Além do boletim de voto, são enviados em carta registada um envelope branco endereçado aos serviços da DGAI, um subscrito verde para inserir o boletim e uma folha de instruções, devendo os eleitores remeter com o voto uma fotocópia do cartão de eleitor.

Na nota, a DGAI explica ainda detalhadamente a forma como os emigrantes devem votar, indicando também vários endereços na Internet onde é possível encontrar mais informações relacionadas com este processo (http://recenseamento.mai.gov.pt/; http://http://www.portaldoeleitor.pt/ e http://http://www.secomunidades.pt/).

Dados divulgados pela administração eleitoral da Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI) revelam que existem 195.182 eleitores portugueses no estrangeiro, dos quais 75.114 na Europa e 120.068 Fora da Europa.