Bolonha, Itália, 09 abr (Lusa) – A indústria portuguesa de curtumes saiu da sombra e afirmou-se como um ator no mundo da moda, com a criação e desenvolvimento de produtos inovadores, fornecendo grandes marcas internacionais como Prada, Lancel e Christian Louboutin.
“Estamos a criar produtos novos a um ritmo alucinante. Todos os dias, os nossos clientes têm necessidade da nossa inovação para se diferenciarem dos mercados concorrentes”, disse à Lusa Fernanda Henriques, diretora da BQ, uma das 17 empresas portuguesas que participaram na Lineapelle, a feira internacional de pele, acessórios e componentes, em Bolonha.
Com mais de 60 anos a curtir peles de ovino e de caprino, destinadas à indústria de vestuário, marroquinaria e calçado, a Curtumes Fabrício deu o salto para as marcas topo de gama e conquistou dois grandes nomes da moda: Lancel e Christian Louboutin.
Da empresa de Seia, depois de vários testes para responder a todas as exigências das marcas, saíram coleções de pele para carteiras que estão à venda em lojas de todo o mundo, o que permitiu, em três anos, aumentar as exportações de 8 para 40 por cento das vendas de dois milhões de euros, uma percentagem para “continuar a crescer”, revelou o diretor financeiro, José António Santos.
A mesma meta tem Renato Fernandes, diretor da Mercolusa, que acredita que só será atingida com a criação e desenvolvimento de novos produtos: “Tanto o meu pai como o meu tio viveram este negócio de uma forma diferente. Hoje vive-se muito mais da moda, da criação e desenvolvimento de novos artigos e da expansão para o mercado externo”.
Na Ramiro, a segunda geração também assumiu os destinos da empresa de Arrifana que está a crescer “na ordem dos 70 a 80 por cento”, impulsionada pela indústria portuguesa de calçado, mas também pelas vendas ao exterior, tendo apostado em ter representação em Espanha, Itália e Marrocos.
A Curtumes Boaventura, instalada em Alcanena, já vende 60 por cento dos 15 milhões de euros de faturação além fronteiras, tendo na sua lista de clientes a Prada. Mas para o diretor geral, Narciso Ferreira, “o ponto de honra” é “exportar para Itália, que é considerada o exponente máximo do setor”.
Em declarações à Lusa, João Carvalho, estilista e escultor em pele, que expôs o seu trabalho na Galleria Cavour, no âmbito da ‘Bologna Leather Days’, considerou que “a moda é uma coisa muito séria e, tendo interligação com as tendências, o sucesso será maior”, realçando que “a nova geração já percebeu isso”.
Na Lineapelle, Chris Hodgson, diretor de operações da marca de calçado desportivo New Balance, disse à Lusa que compra em Portugal 60 por cento das peles para o calçado fabricado em Inglaterra, considerando “as empresas portuguesas mais flexíveis e capazes de responder aos desafios colocados”.
Também a Next, que fabrica em Portugal 1,3 milhões de pares de sapatos por ano compra a peles às fábricas de curtumes nacionais. “É a flexibilidade das entregas e a proatividade da indústria de curtumes que tem ajudado a manter o negócio em Portugal”, adiantou Dulce Santos, da Ana Osório, agente da Next no mercado português.
“Estamos a criar produtos novos a um ritmo alucinante. Todos os dias, os nossos clientes têm necessidade da nossa inovação para se diferenciarem dos mercados concorrentes”, disse à Lusa Fernanda Henriques, diretora da BQ, uma das 17 empresas portuguesas que participaram na Lineapelle, a feira internacional de pele, acessórios e componentes, em Bolonha.
Com mais de 60 anos a curtir peles de ovino e de caprino, destinadas à indústria de vestuário, marroquinaria e calçado, a Curtumes Fabrício deu o salto para as marcas topo de gama e conquistou dois grandes nomes da moda: Lancel e Christian Louboutin.
Da empresa de Seia, depois de vários testes para responder a todas as exigências das marcas, saíram coleções de pele para carteiras que estão à venda em lojas de todo o mundo, o que permitiu, em três anos, aumentar as exportações de 8 para 40 por cento das vendas de dois milhões de euros, uma percentagem para “continuar a crescer”, revelou o diretor financeiro, José António Santos.
A mesma meta tem Renato Fernandes, diretor da Mercolusa, que acredita que só será atingida com a criação e desenvolvimento de novos produtos: “Tanto o meu pai como o meu tio viveram este negócio de uma forma diferente. Hoje vive-se muito mais da moda, da criação e desenvolvimento de novos artigos e da expansão para o mercado externo”.
Na Ramiro, a segunda geração também assumiu os destinos da empresa de Arrifana que está a crescer “na ordem dos 70 a 80 por cento”, impulsionada pela indústria portuguesa de calçado, mas também pelas vendas ao exterior, tendo apostado em ter representação em Espanha, Itália e Marrocos.
A Curtumes Boaventura, instalada em Alcanena, já vende 60 por cento dos 15 milhões de euros de faturação além fronteiras, tendo na sua lista de clientes a Prada. Mas para o diretor geral, Narciso Ferreira, “o ponto de honra” é “exportar para Itália, que é considerada o exponente máximo do setor”.
Em declarações à Lusa, João Carvalho, estilista e escultor em pele, que expôs o seu trabalho na Galleria Cavour, no âmbito da ‘Bologna Leather Days’, considerou que “a moda é uma coisa muito séria e, tendo interligação com as tendências, o sucesso será maior”, realçando que “a nova geração já percebeu isso”.
Na Lineapelle, Chris Hodgson, diretor de operações da marca de calçado desportivo New Balance, disse à Lusa que compra em Portugal 60 por cento das peles para o calçado fabricado em Inglaterra, considerando “as empresas portuguesas mais flexíveis e capazes de responder aos desafios colocados”.
Também a Next, que fabrica em Portugal 1,3 milhões de pares de sapatos por ano compra a peles às fábricas de curtumes nacionais. “É a flexibilidade das entregas e a proatividade da indústria de curtumes que tem ajudado a manter o negócio em Portugal”, adiantou Dulce Santos, da Ana Osório, agente da Next no mercado português.