20 de setembro de 2010

Xangai2010: Portugal mostra os seus trunfos no setor das matérias-primas cerâmicas


Xangai, 20 set (Lusa) – Três das maiores empresas portuguesas de matérias-primas cerâmicas, setor considerado inovador e que já exporta para vários continentes, apresentaram hoje os seus produtos e tecnologias em Xangai, pela primeira vez.

“Quem quiser ganhar dinheiro e estar na globalização não pode deixar de estar na Ásia e especialmente na China. Não há quaisquer dúvidas quanto a isso”, disse à agência Lusa o diretor geral da Energia e Geologia, Carlos Caxaria.

A referida apresentação, realizada no pavilhão de Portugal na Expo 2010, no âmbito de uma semana de promoção do potencial geológico português, foi feita por responsáveis do Grupo Lagoa, Mota Ceramic Solutions e do Grupo Parapedra.

A designação matérias-primas cerâmicas engloba caulinos, areais especiais (usadas nos campos de golfe, por exemplo) e pastas para a indústria de cerâmica.

“É um setor altamente inovador, com tecnologia de ponta, que todos os anos cresce e que já exporta para o Norte de África, Irão, Israel e Europa”, disse Carlos Caxaria.

O mesmo responsável defendeu que Portugal “tem que criar estruturas para responder” a um mercado como a China, que é hoje o maior consumidor mundial de muitas matérias-primas, mas salientou que “os empresários portugueses também têm de deixar de olhar para o umbigo”.

“Os empresários, que têm dificuldade em associar-se, têm que aparecer em conjunto, com uma oferta comum para grandes obras, e avançarem em força”, disse.

Terça-feira, a promoção dos recursos geológicos portugueses será dedicada às rochas ornamentais, matéria-prima que Portugal já exporta para a China.

A Expo2010, dedicada ao tema “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida”), é a maior exposição universal de sempre, com mais de 240 países e organizações internacionais.

O pavilhão português – um edifício de 2.000 metros quadrados, revestido de cortiça - já foi visitado por mais de três milhões de pessoas, um recorde na história da participação portuguesa em exposições universais.