21 de setembro de 2010

Lido no Público : Leonor Xavier vence Prémio Máxima de Literatura 2010


O Prémio Máxima de Literatura foi hoje atribuído a Leonor Xavier pelo livro de memórias “Casas Contadas” (editado pela Asa em 2009), que passa pelas 13 casas onde a jornalista viveu. O júri, constituído por António Carvalho, Maria Helena Mira Mateus, Valter Hugo Mãe e a directora da revista, Laura Luzes Torres, tomou a decisão por unanimidade.

O Prémio Máxima Literatura é o único prémio literário exclusivamente atribuído a mulheres em Portugal e tem como valor pecuniário 4 mil euros.

Leonor Xavier nasceu em Lisboa numa tradicional família da Lapa e foi para o Brasil em 1975 com os três filhos e o marido que, tendo sido saneado no pós-25 de Abril do cargo de professor da Faculdade de Direito de Lisboa, foi convidado a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Viveu depois no Rio de Janeiro, tem dupla nacionalidade e regressou a Portugal em 1987. Formou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras, foi jornalista do "Diário de Notícias" no Rio de Janeiro, e mais tarde, em Portugal, redactora da revista "Máxima".

Leonor Xavier é também autora de "A vida não se perdeu”, biografia de Raul Solnado, de quem foi companheira durante mais de uma década; escreveu ainda a biografia de “Maria Barroso, um olhar sobre a vida” e ainda a biografia política de Rui Patrício, “A Vida Conta-se Inteira”.

A autora escreveu ainda os romances “Ponte-Aérea” (1983), “O Ano da Travessia” (1994) e “Botafogo” (2004). Em 2009, o prémio foi atribuído a “Myra” de Maria Velho da Costa.