Em Agosto de 1948, um jovem fotógrafo americano de 20 anos chamado Stanley Kubrick chegou a Portugal para fazer uma reportagem para a prestigiada revista Look, então a grande rival da Life, e para a qual trabalhava desde 1945.
Os editores de Kubrick tinham-lhe dito para ir fotografar os locais turísticos mais conhecidos de Portugal, um país que tinha escapado incólume aos horrores da IIa. Guerra Mundial, bem como os principais monumentos e as igrejas mais antigas, ao acompanhar as férias de um casal de compatriotas, Jan e Bill Cook.
Só que o jovem fotógrafo - e futuro autor de filmes como Spartacus e 2001: Odisseia no Espaço -, deixou-se fascinar por uma vila de pescadores chamada Nazaré. E por lá se demorou a fotografar os locais, a faina da pesca e sobretudo os rostos das crianças e as mulheres vestidas de negro.
Algumas dessas fotografias feitas por Stanley Kubrick na Nazaré, há precisamente 62 anos, fazem parte da grande exposição Stanley Kubrick Fotógrafo: 1945-1950, que abriu há dias no Instituto Veneto di Scienze, Lettere ed Arti, em Veneza (www.mostrakubrick.it), prolongando-se até ao dia 14 de Novembro.
A mostra traz à luz do dia mais de 200 fotografias feitas por Kubrick entre 1945 e 1950, anos em que trabalhou para a Look , seleccionadas entre os mais de 12 mil de negativos descobertos por Rainer Crone, um professor alemão de História de Arte, na Biblioteca do Congresso de Washington e no City Museum de Nova Iorque. "Ainda estavam nos sacos de plástico da revista Look em que foram guardados, cobertos de pó", contou Crone à AFP. Muitas das fotos agora expostas eram inéditas.
Ainda segundo a AFP, Stanley Kubrick Fotografo: 1945-1950 virá a Lisboa para o ano, depois de passar por cidades como Nova Iorque ou Lugano. O DN não conseguiu apurar qual a instituição que a acolherá.
Rainer Crone é o autor do livro Stanley Kubrick: Drama and Shadows (Pahaidon Press, 2006), e conta a vinda do realizador à Nazaré no capítulo Travelling in Portugal. Na década de 50, grandes fotógrafos estrangeiros como Henri Cartier-Bresson, Edouard Boubat ou Bill Perlmutter passariam por Portugal, e seriam também atraídos pela Nazaré.
A exposição, que revela já o perfeccionismo do Stanley Kubrick- -fotógrafo, que se manifestaria mais tarde no Stanley Kubrick-cineasta, está dividida em oito blocos: a viagem a Portugal, o dia-a-dia de Mickey, um pequeno engraxador de Brooklyn, os artistas de circo, a Universidade de Columbia, a captura de criminosos pela polícia de Nova Iorque, uma instituição privada para órfãos de guerra, os músicos de jazz Dixieland na noite nova-iorquina e o quotidiano glamouroso da debutante Betsy von Fürstenberg.
Segundo Rainer Crone, Stanley Kubrick "inventou um conceito totalmente novo de fotografia, completamente diferente, que consiste em contar histórias com imagens fixas. Ele já então era um cineasta, todas estas fotos são verdadeiros storyboards". E é de uma fotorreportagem, Prizefighter, sobre o pugilista Walter Cartier, que sairia, em 1951 o primeiro filme de Kubrick: a curta-metragem Day of the Fight.
Os editores de Kubrick tinham-lhe dito para ir fotografar os locais turísticos mais conhecidos de Portugal, um país que tinha escapado incólume aos horrores da IIa. Guerra Mundial, bem como os principais monumentos e as igrejas mais antigas, ao acompanhar as férias de um casal de compatriotas, Jan e Bill Cook.
Só que o jovem fotógrafo - e futuro autor de filmes como Spartacus e 2001: Odisseia no Espaço -, deixou-se fascinar por uma vila de pescadores chamada Nazaré. E por lá se demorou a fotografar os locais, a faina da pesca e sobretudo os rostos das crianças e as mulheres vestidas de negro.
Algumas dessas fotografias feitas por Stanley Kubrick na Nazaré, há precisamente 62 anos, fazem parte da grande exposição Stanley Kubrick Fotógrafo: 1945-1950, que abriu há dias no Instituto Veneto di Scienze, Lettere ed Arti, em Veneza (www.mostrakubrick.it), prolongando-se até ao dia 14 de Novembro.
A mostra traz à luz do dia mais de 200 fotografias feitas por Kubrick entre 1945 e 1950, anos em que trabalhou para a Look , seleccionadas entre os mais de 12 mil de negativos descobertos por Rainer Crone, um professor alemão de História de Arte, na Biblioteca do Congresso de Washington e no City Museum de Nova Iorque. "Ainda estavam nos sacos de plástico da revista Look em que foram guardados, cobertos de pó", contou Crone à AFP. Muitas das fotos agora expostas eram inéditas.
Ainda segundo a AFP, Stanley Kubrick Fotografo: 1945-1950 virá a Lisboa para o ano, depois de passar por cidades como Nova Iorque ou Lugano. O DN não conseguiu apurar qual a instituição que a acolherá.
Rainer Crone é o autor do livro Stanley Kubrick: Drama and Shadows (Pahaidon Press, 2006), e conta a vinda do realizador à Nazaré no capítulo Travelling in Portugal. Na década de 50, grandes fotógrafos estrangeiros como Henri Cartier-Bresson, Edouard Boubat ou Bill Perlmutter passariam por Portugal, e seriam também atraídos pela Nazaré.
A exposição, que revela já o perfeccionismo do Stanley Kubrick- -fotógrafo, que se manifestaria mais tarde no Stanley Kubrick-cineasta, está dividida em oito blocos: a viagem a Portugal, o dia-a-dia de Mickey, um pequeno engraxador de Brooklyn, os artistas de circo, a Universidade de Columbia, a captura de criminosos pela polícia de Nova Iorque, uma instituição privada para órfãos de guerra, os músicos de jazz Dixieland na noite nova-iorquina e o quotidiano glamouroso da debutante Betsy von Fürstenberg.
Segundo Rainer Crone, Stanley Kubrick "inventou um conceito totalmente novo de fotografia, completamente diferente, que consiste em contar histórias com imagens fixas. Ele já então era um cineasta, todas estas fotos são verdadeiros storyboards". E é de uma fotorreportagem, Prizefighter, sobre o pugilista Walter Cartier, que sairia, em 1951 o primeiro filme de Kubrick: a curta-metragem Day of the Fight.