Porto, 17 set (Lusa) - O astrónomo Nuno Cardoso Santos, investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), recebeu hoje, na Arménia, o prémio internacional Viktor Ambartsumian.
Segundo o CAUP, o prémio, partilhado com os seus colegas Michel Mayor (Universidade de Genebra) e Garik Israelian (Instituto de Astrofísica das Canárias), foi atribuído pelo trabalho no estudo das estrelas que têm planetas em órbita e que fornecem indícios essenciais para a compreensão dos processos de formação planetária.
O galardão, no valor de cerca de 385.000 euros e considerado o mais importante na astrofísica depois do Prémio Nobel, será distribuído pelos três investigadores.
O Prémio Viktor Ambartsumian é atribuído, de dois em dois anos, e distingue investigadores, de qualquer país, por excecionais contributos para a ciência.
Este ano, foram nomeados 14 investigadores ou equipas, cabendo o prémio ao trio liderado pelo Professor Michel Mayor, que em 1995 codescobriu o primeiro exoplaneta à volta de uma estrela do tipo solar (51 Pegasi).
O júri que atribuiu o prémio é composto por físicos e astrónomos de renome, dos quais se destacam Martin Rees (Master do Tinity College da Universidade de Cambridge), Catherine Cesarsky (ex-diretora geral do ESO e ex-presidente da União Astronómica Internacional) e Geoffrey Burbidge (editor das revistas The Astrophysical Journal e Annual Review of Astronomy and Astrophysics).
Nuno Santos é autor de 128 artigos científicos publicados, com mais de 5200 citações.
Ao ter conhecimento do prémio, o investigador manifestou-se “obviamente muito feliz” e acrescentou “esperar, sobretudo, que este reconhecimento possa, de alguma forma, ajudar a astronomia nacional a fazer cada vez mais e melhor”.
Em comunicado, o CAUP refere que atualmente são conhecidos cerca de 500 planetas extra-solares, muitos dos quais (em especial os de pequena massa) descobertos pela equipa liderada pelo professor Michel Mayor.
Entre eles está o mais pequeno exoplaneta descoberto, Gliese 581e, com apenas 1,9 massas da Terra.
“Apesar do já elevado número de planetas extra-solares detetados, os mecanismos de formação destes sistemas são ainda pouco compreendidos. Por isso a equipa dedica-se também a tentar compreender melhor as propriedades destes sistemas planetários (e das suas estrelas-mãe), de modo a melhorar os atuais modelos de formação planetária”, acrescenta.
O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) foi criado em maio de 1989 (Programa Mobilizador de Ciência e Tecnologia) e iniciou as actividades em outubro de 1990. É uma associação científica e técnica privada, sem fins lucrativos e de utilidade pública reconhecida.
É a maior unidade de investigação na área da Astronomia em Portugal, considerada como “Excelente” nas últimas avaliações de Unidades I&D, efetuada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Segundo o CAUP, o prémio, partilhado com os seus colegas Michel Mayor (Universidade de Genebra) e Garik Israelian (Instituto de Astrofísica das Canárias), foi atribuído pelo trabalho no estudo das estrelas que têm planetas em órbita e que fornecem indícios essenciais para a compreensão dos processos de formação planetária.
O galardão, no valor de cerca de 385.000 euros e considerado o mais importante na astrofísica depois do Prémio Nobel, será distribuído pelos três investigadores.
O Prémio Viktor Ambartsumian é atribuído, de dois em dois anos, e distingue investigadores, de qualquer país, por excecionais contributos para a ciência.
Este ano, foram nomeados 14 investigadores ou equipas, cabendo o prémio ao trio liderado pelo Professor Michel Mayor, que em 1995 codescobriu o primeiro exoplaneta à volta de uma estrela do tipo solar (51 Pegasi).
O júri que atribuiu o prémio é composto por físicos e astrónomos de renome, dos quais se destacam Martin Rees (Master do Tinity College da Universidade de Cambridge), Catherine Cesarsky (ex-diretora geral do ESO e ex-presidente da União Astronómica Internacional) e Geoffrey Burbidge (editor das revistas The Astrophysical Journal e Annual Review of Astronomy and Astrophysics).
Nuno Santos é autor de 128 artigos científicos publicados, com mais de 5200 citações.
Ao ter conhecimento do prémio, o investigador manifestou-se “obviamente muito feliz” e acrescentou “esperar, sobretudo, que este reconhecimento possa, de alguma forma, ajudar a astronomia nacional a fazer cada vez mais e melhor”.
Em comunicado, o CAUP refere que atualmente são conhecidos cerca de 500 planetas extra-solares, muitos dos quais (em especial os de pequena massa) descobertos pela equipa liderada pelo professor Michel Mayor.
Entre eles está o mais pequeno exoplaneta descoberto, Gliese 581e, com apenas 1,9 massas da Terra.
“Apesar do já elevado número de planetas extra-solares detetados, os mecanismos de formação destes sistemas são ainda pouco compreendidos. Por isso a equipa dedica-se também a tentar compreender melhor as propriedades destes sistemas planetários (e das suas estrelas-mãe), de modo a melhorar os atuais modelos de formação planetária”, acrescenta.
O Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) foi criado em maio de 1989 (Programa Mobilizador de Ciência e Tecnologia) e iniciou as actividades em outubro de 1990. É uma associação científica e técnica privada, sem fins lucrativos e de utilidade pública reconhecida.
É a maior unidade de investigação na área da Astronomia em Portugal, considerada como “Excelente” nas últimas avaliações de Unidades I&D, efetuada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).