Portugal é o campeão mundial nos transplantes de rim e de fígado em apenas dois anos. Depois de ter conseguido liderar na transplantação hepática em 2008, o País conseguiu ultrapassar Espanha nos transplantes renais com dador cadáver no ano passado. Os dados integram a Newsletter Transplant, publicação da Organización Nacional de Transplantes e do Conselho da Europa.
Maria João Aguiar, coordenadora nacional das unidades de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação aplaude os resultados: "Conseguimos manter-nos na liderança do transplante do fígado e ultrapassámos a Espanha no transplante renal com dador cadáver, que é a forma ideal". A diferença entre os dois países era mínima em 2008. Espanha fazia 44,9 cirurgias por milhão e Portugal 44,8. Agora, Portugal atingiu as 50 operações por milhão enquanto Espanha fez 44,8.
A Noruega apresenta um resultado global melhor no transplante de rim, mas baseia-se sobretudo na dádiva de órgãos em vida, que deve ser o último recurso, já que depende da dádiva altruísta das pessoas. Se Portugal fez 56,1 transplantes por milhão de habitantes (incluindo seis da doação em vida), a Noruega alcançou os 60,8. Porém, comparando apenas os dados de dador cadáver, Portugal ultrapassa largamente a actividade da Noruega com 50 transplantes contra 39,2.
Quase todo os transplantes subiram em 2009. Na colheita por milhão de habitantes Portugal fica em segundo lugar logo depois de Espanha. Uma subida de 16% num ano, para os 31 dadores de órgãos por milhão de habitantes. Espanha "continua a ser líder na actividade, têm um grande programa, mas quando mais alto se está mais difícil é ultrapassar essa barreira", diz.
O esforço dos hospitais, que nomearam coordenadores da colheita de órgãos, permitiu ultrapassar muitas dificuldades que conduziam ao desperdício de órgãos, que continua no entanto a existir. Com isso, Portugal atinge o limiar da auto-suficiência em quase todas as áreas da transplantação, o grande objectivo para o País.
"Recentemente fui apresentar o caso de Portugal em Bruxelas. Fomos convidados pela União Europeia para explicar o nosso modelo. É o reconhecimento da nossa capacidade organizativa", diz Maria João Aguiar. A médica realçou ainda que o Reino Unido "tem metade da colheita portuguesa e gastou milhões de libras com um programa. Agora querem saber como conseguimos atingir estes resultados com tão poucos recursos".
Os transplantes de fígado caíram no ano passado para 24 por milhão, quando em 2008 estavam em 25,8. Apesar disso, o País continua a ser o maior transplantador.
Salvo esta excepção, houve melhorias em todas as áreas: o cardíaco subiu de 3,9 para 4,4 cirurgias por milhão, número ainda assim abaixo do necessário devido à escassez de órgãos. Também nos pulmões houve melhorias: fizeram-se 11 transplantes em Santa Marta (mais 7). O transplante de pâncreas subiu de 1,34 para 1,9.
Maria João Aguiar, coordenadora nacional das unidades de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação aplaude os resultados: "Conseguimos manter-nos na liderança do transplante do fígado e ultrapassámos a Espanha no transplante renal com dador cadáver, que é a forma ideal". A diferença entre os dois países era mínima em 2008. Espanha fazia 44,9 cirurgias por milhão e Portugal 44,8. Agora, Portugal atingiu as 50 operações por milhão enquanto Espanha fez 44,8.
A Noruega apresenta um resultado global melhor no transplante de rim, mas baseia-se sobretudo na dádiva de órgãos em vida, que deve ser o último recurso, já que depende da dádiva altruísta das pessoas. Se Portugal fez 56,1 transplantes por milhão de habitantes (incluindo seis da doação em vida), a Noruega alcançou os 60,8. Porém, comparando apenas os dados de dador cadáver, Portugal ultrapassa largamente a actividade da Noruega com 50 transplantes contra 39,2.
Quase todo os transplantes subiram em 2009. Na colheita por milhão de habitantes Portugal fica em segundo lugar logo depois de Espanha. Uma subida de 16% num ano, para os 31 dadores de órgãos por milhão de habitantes. Espanha "continua a ser líder na actividade, têm um grande programa, mas quando mais alto se está mais difícil é ultrapassar essa barreira", diz.
O esforço dos hospitais, que nomearam coordenadores da colheita de órgãos, permitiu ultrapassar muitas dificuldades que conduziam ao desperdício de órgãos, que continua no entanto a existir. Com isso, Portugal atinge o limiar da auto-suficiência em quase todas as áreas da transplantação, o grande objectivo para o País.
"Recentemente fui apresentar o caso de Portugal em Bruxelas. Fomos convidados pela União Europeia para explicar o nosso modelo. É o reconhecimento da nossa capacidade organizativa", diz Maria João Aguiar. A médica realçou ainda que o Reino Unido "tem metade da colheita portuguesa e gastou milhões de libras com um programa. Agora querem saber como conseguimos atingir estes resultados com tão poucos recursos".
Os transplantes de fígado caíram no ano passado para 24 por milhão, quando em 2008 estavam em 25,8. Apesar disso, o País continua a ser o maior transplantador.
Salvo esta excepção, houve melhorias em todas as áreas: o cardíaco subiu de 3,9 para 4,4 cirurgias por milhão, número ainda assim abaixo do necessário devido à escassez de órgãos. Também nos pulmões houve melhorias: fizeram-se 11 transplantes em Santa Marta (mais 7). O transplante de pâncreas subiu de 1,34 para 1,9.