8 de outubro de 2010

Lido no DN : Portugueses estudam radicais livres e envelhecimento

Há 50 anos que a ciência afirma que os radicais livres, subs-tâncias que as células humanas produzem diariamente, são os culpados do envelhecimento, mas uma investigação portuguesa veio agora contrariar esta teoria. Nem todos os radicais livres são "maus".

Liderada por Paula Ludovico, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, a investigação demonstrou que o "aumento da longevidade não está associado a uma menor produção de radicais livres, mas sim a uma maior produção", disse a investigadora à Lusa. Produzidos pelas células humanas durante o metabolismo normal, os radicais livres, ou espécies reactivas de oxigénio, tornam-se prejudiciais quando presentes em grandes quantidades e estão associados ao envelhecimento.

A investigação em levedura mostrou "existirem condições que aumentam a longevidade das células que estão associadas a maior produção de espécies reactivas de oxigénio, nomeadamente o peróxido de oxigénio", explicou Paula Ludovico. O mau da fita, afinal, é o anião superóxido, outro radical livre, associado ao envelhecimento.