Portugal vai participar no campeonato do mundo “com fé e com vontade de fazer o melhor possível”: “Temos uma equipa homogénea, com os melhores jogadores do país, homens com pouca experiência internacional, mas muitos anos de matraquilhos”, afirmou o seleccionador.
Apesar disso, leva consigo alguns receios: “Vamos um pouco às escuras por causa do nosso hábito à mesa tradicional, diferente daquela em que se joga no estrangeiro”.
“Jogamos há dois ou três meses nas mesas que vão ser usadas no campeonato, as outras equipas jogam nelas há anos”, acrescentou, sublinhando, porém, confiar “na gana dos jogadores portugueses”.
“A sua técnica nas mesas tradicionais de matraquilhos transportada para as mesas internacionais será capaz de fazer estragos”, garantiu.
Outra das barreiras deste desafio será a qualidade das selecções em competição: “Vamos encontrar selecções experientes e fortes, como a África do Sul, a Bélgica ou a Eslováquia”, disse.
Para o seleccionador, “correr bem não significa ganhar. Significa conseguir experiência, algumas vitórias e preparar terreno para os próximos campeonatos mundiais”.
A selecção nacional é composta por 19 elementos e conta com representação nos juniores (jogadores com menos de 18), seniores (maiores de 18), veteranos (mais de 51 anos), femininos e individuais, que competem no um-para-um, sem limite de idades.
A jogar desde a altura em que “ainda precisava de uma grade vazia de cerveja debaixo dos pés para poder ver o campo”, André Mendes, bi-campeão nacional da modalidade, é uma das grandes esperanças do seleccionador.
“Tenho sempre a perspectiva de ganhar, mas também tenho os pés bem assentes no chão e sei que não vai ser fácil. Ainda assim, vou jogar para dignificar a bandeira e tentar trazer a taça”, afirmou à Lusa.
Vítor Fonseca destaca ainda José Lameiras e Nelson Rocha na competição de equipa e Sophie da Cunha nas competições femininas.
“Portugal está no 27º lugar em termos mundiais. Estou em crer que vamos melhorar substancialmente. Temos muita garra. Não vamos defraudar ninguém”, rematou o seleccionador.