Macau, China, 12 jul (Lusa) – O arquiteto português Carlos Couto está a conceber o projeto de uma pista de corridas de Fórmula 3 e carros de turismo para Taiwan, que deverá estar concluída até finais de 2012 e pretende atrair provas internacionais.
Este é o primeiro projeto de Couto em Taiwan e é da responsabilidade de uma empresa privada de empreendimentos da ilha, que “já tem associado um parque de diversões”, disse à Agência Lusa o arquiteto, confessando que o estimula particularmente por ser pai do piloto português de carros de turismo André Couto.
“Tenho alguma experiência nesta área porque acompanhei sempre a carreira do André, sei quais os pontos bons e maus de uma pista”, salientou, ao garantir que a pista que está a desenhar “vai ser muito rápida”, com “vários pontos de ultrapassagem”, permitindo que a “emoção seja levada sempre até à última curva”.
O projeto do arquiteto português radicado em Macau vai nascer no centro de Taiwan e será a segunda pista de corridas de carros na ilha, além da que já existe no sul, e que, segundo Carlos Couto, tem recebido queixas dos pilotos locais pela falta de emoção que imprime às corridas.
“Este projeto inclui também uma unidade hoteleira e tem uma pista de karts no meio da grande pista”, adiantou, recordando que esta é também a sua segunda pista de karts, após ter participado na elaboração da que existe em Macau.
Ao constatar que o promotor do projeto “tem como objetivo levar para Taiwan corridas internacionais”, Carlos Couto disse que se “chegou a pensar em desenvolver uma pista para a Fórmula 1”, mas o facto de se necessitar de um terreno muito maior, que não estava disponível, levou ao abandono da ideia.
“A Fórmula 1 só tem um evento por ano e os custos que envolve são enormíssimos. É mais uma prova de promoção de um país do que propriamente um apoio a um desporto local”, sublinhou.
Ao referir a boa reação de alguns pilotos aquando da apresentação da primeira versão do projeto, Couto garantiu que, “como apoio ao desporto regional e local”, a pista que está a desenvolver “vai servir perfeitamente e vai cumprir o seu papel”.
O arquiteto não quis adiantar o montante envolvido, por estar “ainda a ser discutido”, mas adiantou que o promotor está “com muita pressa” e a pista deverá estar concluída no próximo ano e meio.
Carlos Couto está também envolvido no projeto das estações do Metro Ligeiro de Macau e noutros no continente chinês que surgiram depois do Pavilhão de Portugal para a Expo 2010, em Xangai, disse à Lusa.
Em Shunde, perto de Macau, está a criar “um hotel diferente baseado no conceito de ‘villas’ do Banyan Tree ou Amanpuri, mas aplicado em altura, com cada quarto a apresentar uma piscina privativa”, que vai avançar “em breve”.
Em Linyi, a norte de Xangai, o arquiteto está a trabalhar num complexo com habitação e um hotel com várias ‘villas’ associadas e tem a possibilidade de vir a ter um projeto na área do urbanismo na ilha da Montanha, adjacente a Macau, que Pequim quer transformar num destino turístico internacional e num centro de tecnologia.