11 de dezembro de 2009

Lusa : museóloga Natália Correia Guedes defende regresso a Portugal de obras espoliadas espalhadas pelo mundo

Lisboa, 10 Dez (Lusa) - A museóloga Natália Correia Guedes defendeu hoje, em Lisboa, o regresso a Portugal de importantes obras do património nacional espoliado "espalhado por todos os continentes", exemplificando com o caso concreto de peças que se encontram em museus de França.

A especialista, ex-directora do Museu do Oriente, e que este ano foi eleita a personalidade do ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), falava perante uma audiência de museológos durante uma sessão de apresentação de novas publicações do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) realizada no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).

A sessão contou com a presença da nova direcção do Instituto dos Museus e da Conservação, liderada por João Brigola, acompanhado pelos sub-directores da sua equipa, Filipe Serra e Graça Filipe.

Natália Correia Guedes fez a apresentação do número 3 da revista anual "Museologia.pt" e terminou o seu discurso com um apelo ao novo director do Instituto no sentido de "resolver as grandes questões em curso no sector dos museus".

No final da sessão, em declarações à Agência Lusa, a museóloga deu pormenores sobre o valioso património levado de Portugal no início do século XIX, durante as invasões napoleónicas, e que se encontra actualmente em importantes museus em Paris e noutras cidades francesas.

"No Louvre, existem porcelanas portuguesas, no Museu de Lyon estão colchas indo-portuguesas e no Museu de História Natural de Paris está a nossa melhor colecção de história natural", exemplificou.

Para a museóloga, "é importante lançar a reflexão sobre esta questão de forma a tornar possível a vinda dessas peças, mesmo que temporariamente, para que o público português as possa conhecer".